Se podemos destacar três como os principais eventos que marcaram os mercados financeiros no quarto trimestre de 2021, esses foram:
1º) Nos Estados Unidos, foi determinante a definitiva mudança de viés do FED em relação à política monetária assumindo que a inflação não tinha mais o caráter transitório que constava em seu cenário central. Foi o tema econômico global mais importante que, inclusive, continuará dominando a cena em 2022. É importante ressalvar que, não apenas nos EUA, a inflação tem sido um fenômeno global decorrente dos estímulos fiscais e monetários implementados ao longo da pandemia, que contribuíram para forte aceleração de demanda em um ambiente com severas restrições de oferta de bens e serviços;
2º) Descoberta da cepa Ômicron na África do Sul que, apesar da baixa letalidade e da recente inflexão de novos casos em diversos países, apresenta algum risco de revisões negativas de atividade;
3º) Especificamente no Brasil, a decisão política de estourar o teto de gastos (importante âncora fiscal) contribuiu para a piora de percepção de risco e trouxe novas deteriorações na atividade econômica e inflação, que já vinham sendo objeto de revisões negativas.
Com relação ao último ponto, a deterioração dos fundamentos brasileiros com o furo do teto de gastos teve uma implicação relevante de aversão a risco nos mercados locais: a moeda brasileira, o real, depreciou ainda mais, a preocupação com o aumento da inflação fez a curva de juros precificar mais altas e os preços das ações tiveram uma queda relevante no quarto trimestre.
Diante desse cenário, o Nucleos encerrou o 4º trimestre de 2021 com rentabilidade negativa em 1,44%, ante uma meta atuarial positiva de 4,07%.
Para o ano de 2022, que sem sombra de dúvidas será um outro ano desafiador, podemos afirmar que continuaremos, com afinco, buscando bater a meta atuarial e comprometidos em fazer frente aos nossos compromissos financeiros. Por isso, priorizamos a liquidez e solidez dos nossos investimentos, buscando sempre alinhamento das estratégias com o prazo dos investimentos, alicerçados no estudo de ALM (Asset Liability Management), que, em se tratando de um fundo de pensão, é de longo prazo.
Ressaltamos que o Nucleos vem adotando medidas para minimizar os efeitos desse cenário difícil que impactam os investimentos, entre as quais destacamos: a) reestruturação dos investimentos no segmento de renda variável com alteração dos mandatos, visando contemplar estratégias de proteção (“hedge”); b) avaliação de oportunidades de investimento no exterior nos segmentos de renda variável, renda fixa e multimercados; c) análise de estruturas para investimento em crédito privado; e d) ações para aumentar a carteira de empréstimos, que beneficiará tanto o participante, com juros mais baixos que o de mercado, quanto o retorno do investimento para o Nucleos.
O participante poderá acompanhar os gráficos e tabelas relativas aos principais dados do fechamento do período clicando em cada um dos assuntos abaixo:
- Participantes e assistidos: distribuição por patrocinadoras e tipo de vínculo;
- Posição Patrimonial: posição patrimonial do PBB, receitas e despesas previdenciais (contribuições e benefícios);
- Investimentos: distribuição dos recursos e rentabilidades (no período, no mês, por segmento e composição detalhada);
- Atendimentos: no período, no mês e por assunto; e
- Ações judiciais: total de ações em curso e por natureza.
O Nucleos realiza mensalmente uma pesquisa de satisfação para avaliar o seu atendimento junto aos participantes. Ao fim é possível analisar os canais de comunicação mais utilizados, os assuntos mais mencionados e o nível de satisfação dos participantes com o atendimento do Instituto. Confira o relatório dessas pesquisas referente ao 4º trimestre de 2021.