Resultado dos investimentos do Nucleos em outubro de 2021

O mês de outubro foi marcado novamente por uma grande turbulência nos mercados, em meio ao aumento do risco fiscal, causado principalmente pela proposta do governo federal de liberar despesas fora do teto de gastos e pela alta dos juros, além de preocupações com o crescimento da economia mundial, bem como “respingos” ainda da crise imobiliária na China envolvendo a gigante Evergrande. Foco de apreensão, também, é o processo inflacionário, que tem sido forte e disseminado, não só no Brasil, mas globalmente, e que vem surpreendendo a todos os participantes do mercado. Como consequência desse quadro, tivemos um mês de forte aversão a risco, o que comprometeu os ativos de renda fixa e renda variável do Instituto.

A Carteira de Investimentos do Nucleos espelhou esse comportamento, fechando o mês de outubro com resultado negativo de 2,65%. O segmento de renda fixa — principal alocação da carteira — apresentou desempenho negativo de 0,90%, enquanto o segmento de renda variável ficou negativo em 2,00%.

O Plano Básico de Benefícios – PBB apresentou déficit no mês de R$ 156,4 milhões, elevando o déficit acumulado para R$ 718,9 milhões, equivalente a 15,59% das provisões matemáticas. O quadro a seguir apresenta a situação atuarial e financeira do plano:

O momento é ruim, derivado essencialmente da conjuntura pela qual estamos passando. No entanto, é relevante enfatizar que o foco da gestão dos investimentos é no longo prazo, em consonância com o passivo atuarial do Nucleos. Visando a uma melhor relação risco/retorno, reestruturamos a gestão da carteira do segmento de renda variável. O objetivo é contemplar estratégias de proteção, incluindo alocação de investimento no exterior, nos segmentos de renda variável e de renda fixa/multimercado: se as condições de mercado forem favoráveis, poderemos implementá-las porque entendemos que, além do benefício da diversificação, tais medidas possibilitarão ao Instituto buscar outras oportunidades de investimentos já existentes no mercado financeiro internacional. Numa visão de médio e longo prazo, com base no estudo de ALM (Asset Liability Management) realizado para 2022, deveremos efetuar investimentos em ativos atrelados à inflação para fazer frente ao passivo de longo prazo e, também, em ativos de melhor relação risco/retorno, buscando o atingimento da meta atuarial.

Reiteramos que o déficit apurado é conjuntural e mantemos nossa expectativa de que o atual episódio inflacionário será controlado, e que a economia voltará aos níveis pré-pandemia, fazendo com que o resultado do Nucleos volte a ser positivo com o retorno à normalidade dos mercados.