O Nuclin do mês anterior destacou a influência e importância de fatores externos no comportamento dos preços dos ativos no mercado financeiro. O principal fator externo, sem dúvida, é o comportamento das taxas de juros americanas. Neste contexto, o mês de maio apresentou bons dados. A taxa de juros do título soberano americano de 10 anos, as chamadas treasuries, recuou cerca de 16 pontos percentuais e os dados de inflação vieram abaixo das expectativas.
Contudo, em que pese os bons dados externos, as insistentes críticas do governo à condução da política monetária pelo Banco Central, associado à necessidade de ajuste fiscal e a tendência do governo em gerar mais gastos, com meta fiscal sendo revisada para pior, têm prevalecido na avaliação dos investidores. As principais resultantes são piora das expectativas de inflação, fuga de investidores estrangeiros e o reflexo negativo nos preços dos ativos.
Quando comparamos o mercado brasileiro com outros países emergentes, fica evidente que os fatores internos foram determinantes para o desempenho ruim dos ativos. Houve desvalorização do Real frente ao Dólar e queda do Ibovespa.
Os fatos apontados influenciaram a bolsa, que oscilou negativamente em 3,04%. No entanto, o IMA-B 5+, índice formado por títulos públicos indexados à inflação, representado pelas as NTN-Bs com vencimento igual ou acima de cinco anos, fechou com variação positiva de 1,59%.
No mês de maio, a carteira de investimentos do Plano Básico de Benefícios – PBB apresentou variação positiva de 0,28%, ante Meta Atuarial positiva de 0,93%.
O quadro a seguir identifica a situação atuarial e financeira do PBB no mês de maio/2024:
No acumulado de janeiro a maio, a da carteira de investimentos do PBB apresenta rentabilidade de -1,72% contra meta atuarial de 4,85% e inflação medida pelo IPCA de 2,27%.
Os Planos de Contribuição Definida das patrocinadoras ficaram no campo positivo, com rentabilidade de 0,78% para o Plano CD – INB; 0,78% para o Plano CD – Eletronuclear; e 0,78% para o Plano CD – Nuclep. Todos ante uma meta de rentabilidade positiva de 0,79%.
No ano, os Planos CD – INB, CD – Eletronuclear e CD – Nuclep acumularam rentabilidades positivas de 4,16%, 4,14% e 4,15%, respectivamente, vis-à-vis ao acumulado da meta de rentabilidade (INPC + 4% a.a.) de 4,11%.
Os Planos de Contribuição Definida apresentaram os seguintes desempenhos, já descontado o custeio administrativo: