Falar sobre pandemia, sua evolução, medidas tomadas pelas autoridades para combatê-la — tanto do ponto de vista sanitário como do ponto vista econômico e os respectivos efeitos na carteira de investimentos do Nucleos —, tem sido temática recorrente neste veículo nos últimos meses. O mês de agosto repete o roteiro. Contudo, a conjuntura, que obviamente ficou ruim, parece piorar em função da intensificação de alguns destes efeitos. A inflação está alcançando patamares que há muito não se via, a situação fiscal do Brasil continua delicada e o ambiente econômico internacional, apesar do avanço nos processos de vacinação, ainda apresenta sinais de fraqueza. Somando-se a isso, a China – principal parceiro econômico do Brasil e extremamente relevante para economia mundial — começa a expor problemas em alguns setores, indicando que irá crescer abaixo das expectativas.

Os ingredientes acima resultam numa receita amarga para os investidores: taxa de juros elevada, bolsa de valores em queda e um mercado financeiro cada vez mais volátil, produzindo fortes distorções nos preços dos ativos e, com isso, afugentando investidores estrangeiros.

Como falado no início, tudo isso é conjuntural e, portanto, passageiro, visto que a conjuntura se altera conforme o tempo passa e novos fatores são avaliados pelo mercado. Com base nesta tese e fundamentada numa carteira de investimentos sólida e com perfil de longo prazo, o Nucleos acredita que retomará a trajetória de valorização dos investimentos. Oportunamente poderá fazer movimentos táticos para aproveitar distorções de mercado, de forma que possam suavizar os impactos causados por este ambiente desafiador.

Os fatos mencionados acima explicam em boa parte o desempenho dos investimentos no mês de agosto, que apresentaram rentabilidade negativa de 1,26%. Com isso, o Plano Básico de Benefícios – PBB apresentou déficit em agosto de R$ 95,9 milhões, fazendo com que o déficit acumulado chegasse a R$ 411,9 milhões, equivalente a 9,17% das provisões matemáticas. O quadro a seguir apresenta a situação atuarial e financeira do plano: