O ministro do Trabalho e da Previdência Social, Miguel Rossetto, disse ontem que a reforma da Previdência que está sendo preparada pelo governo deve preservar as conquistas trabalhistas dos últimos anos, “assegurando a SUSTENTABILIDADE financeira e reconhecendo que a grande transição demográfica em andamento”. Ele confirmou que o governo está discutindo uma proposta para estabelecer uma idade mínima para aposentadoria no Brasil.
Embora essa não seja a disposição da área econômica, Ros-setto ressaltou que, antes de ser enviada ao Congresso Nacional, a proposta será discutida com movimentos sociais, centrais sindicais, empresários e a sociedade civil em geral. “Queremos construir agenda que seja capaz de incorporar sugestões e opiniões do Congresso Nacional e da sociedade”, disse.
Como mostrou ontem o Estado, o Executivo indicou que deve propor uma idade mínima de 6o anos para as mulheres e 65 anos para os homens se aposentarem. Preocupada em mostrar que não está de braços cruzados com o aumento do rombo das contas públicas, a equipe econômica quer acelerar as mudanças nas regras da Previdência para conter o crescimento do DÉFICIT.
O presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), sinalizou ontem que a proposta poderá ser aprovada pela Casa, desde que não haja mudança de regra para quem já está no mercado de trabalho – justamente a proposta em estudo pelo governo. Segundo apurou o Estado, a ideia do Executivo é de que qualquer mudança não atinja pessoas que já trabalham e contribuem para o Instituto Nacional do Seguro Social (INSS).
Fonte: Igor Gadelha – O Estado de S.Paulo