Os segurados do INSS que precisam agendar perícias médicas para pedir auxílios-doença têm esperar de 47 a 160 dias pelo atendimento no Rio de Janeiro. Os médicos peritos prometem voltar ao trabalho na segunda-feira (dia 25), aliviando a demanda represada, mas a primeira data disponível numa agência da capital é para o posto de São Cristóvão, na Zona Norte, em 18 de março. A pior situação é a da unidade de Bangu, onde um trabalhador afastado consegue agendar seu atendimento somente para 30 de junho.
Algumas agências, como as de Tijuca e Irajá, sequer aparecem no sistema de agendamento pela internet. Pela Central 135, três atendentes do órgão informaram que a omissão significa que não há vagas disponíveis nessas unidades, mas não souberam precisar até quando as agendas ficarão fechadas.
Na Baixada Fluminense, a situação dos segurados em busca de auxílio-doença é um pouco melhor em Queimados, onde o atendimento pode ser marcado para 7 de março, ou seja, daqui a 45 dias. Em compensação, na Região Metropolitana do Rio, a primeira data disponível para o posto do Centro de São Gonçalo é 12 de abril — daqui a 81 dias. No interior, em Campos dos Goytacazes, é possível marcar o atendimento para a próxima sexta-feira, dia 29 de janeiro.
Hoje, o tempo médio de espera por uma perícia é de 89 dias no país, segundo o INSS. Antes da paralisação dos médicos, demorava, em média, 20 dias. A Previdência Social calcula que 830 mil pedidos de concessão de auxílios-doença, aposentadorias por invalidez e Benefícios de Prestação Continuada (BCP-Loas) estejam represados.
Segundo o INSS, 1,3 milhão de exames deixaram de ser feitos desde o início da paralisação dos médicos peritos, em 4 de setembro. A associação que representa a categoria estima o total em 2,1 milhões de perícias.
Fonte: G1