A previsão para este ano é de que a economia brasileira encolha 1,3%. Em um documento anterior, divulgado em janeiro, a instituição estimava expansão de 1% para o País. O Brasil foi o país que teve o maior corte de projeções entre as principais economias mundiais avaliadas no documento do Banco Mundial. Além do corte em 2015, a projeção para o ano que vem foi reduzida de crescimento de 2,5% previsto em janeiro para 1,1%. Para 2017, a nova estimava é de expansão de 2% no Produto Interno Bruto (PIB), ante 2,7% do documento anterior.
“O Brasil, com o seu escândalo de corrupção no topo das atenções, tem tido pouca sorte, afundando no crescimento negativo”, afirma o economista-chefe do Banco Mundial, Kau-shik Basu, no texto que apresenta o relatório.
O estudo do Banco Mundial classifica de “decepcionantes” os números da atividade econômica brasileira. “Confiança frágil dos agentes, aumento dos preços administrados e baixo preço das commodities devem contribuir para uma recessão no Brasil em 2015 com uma recuperação modesta em 2016 e 2017”, afirma o documento.
Além desses motivos, o relatório menciona as deficiências em infraestrutura no Brasil como outro fator impeditivo para um maior aquecimento da atividade econômica. Sem citar o nome da Petrobrás, o Banco Mundial afirma que as “investigações em curso” ajudaram a piorar a confiança dos consumidores e empresários, que atingiram níveis historicamente baixos.
A expectativa de recuperação da atividade do Brasil, ainda que modesta, em 2016 e 2017, está baseada, de acordo com o documento, na implementação do ajuste fiscal e monetário, na volta da inflação para perto da meta oficial e na melhora da confiança dos brasileiros.
América Latina. A piora da atividade no Brasil e em outros países da América do Sul, como a Venezuela, deve fazer a América Latina crescer apenas 0,4% este ano, prevê o Banco Mundial. Em janeiro, a aposta era de expansão de 1,7%. No ano que vem, a expectativa é que a taxa avance para 2%, ainda assim menor que os 2,9% estimados em janeiro.
Ainda na região, o México teve a previsão de crescimento coitada em 0,7 ponto, para expansão de 2,6% este ano. A Argentina foi uma das exceções e teve melhora na previsão de 1,4 ponto, com crescimento previsto para este ano em 1,1%.
As economias da América Latina, além de enfrentarem problemas internos, ressalta o relatório, são afetadas pela queda dos preços das commodities.
Revisão para baixo
- 1% era a previsão de crescimento para 0 País em 2015 divulgada no documento de janeiro, agora ajustada para recuo de 1,3%
- 1,1% é a nova previsão de crescimento do PIB para 0 ano que vem, que antes era de 2,5%
- 2% é a previsão de expansão da economia brasileira para 2017, ante os 2,7% divulgados no documento anterior
Fonte: O Estado de S.Paulo