Sabidamente, um dos principais fatores para definir comportamento dos ativos de risco, sobretudo, bolsa de valores, é o nível de taxa de juros praticado nas economias globais, em especial a americana. Quanto menor esta taxa, mais favorável se torna o ambiente para os ativos de risco nos mercados globais. Neste sentido, o mês de fevereiro foi marcado por surpresas negativas nos dados de atividade e inflação, nos EUA e na Europa, que estenderam o horizonte do patamar atual de juros, já bastante elevado.
No cenário doméstico, o mercado se equilibrou entre ações de um governo que pretende praticar uma política fiscal expansionista, através de aumento dos gastos públicos e uma política monetária contracionista, ou seja, de manutenção da taxa de juros em patamar alto, a ser praticada pelo Banco Central. Apesar dos ataques constantes do presidente Lula e seu entorno à gestão dos juros pela autoridade monetária, o presidente do Banco Central indicou que, dependendo o arcabouço fiscal a ser lançado pela equipe econômica do governo, poderia haver reflexo na curva de juros. Como consequência, houve fechamento dos vencimentos mais curtos.
A bolsa de valores, refletindo o ambiente externo, apresentou desempenho negativo de 7,49%, enquanto a renda fixa, representada pelos índices IMA-B e IMA-B 5+, apresentou desempenho positivo, respectivamente, de 1,28% e 1,17%.
O comportamento da bolsa no mês foi determinante para o desempenho dos investimentos do Plano Básico de Benefícios – PBB, que apresentou variação negativa de 1,72%, ante uma meta atuarial positiva de 1,24%.
O quadro a seguir apresenta a situação atuarial e financeira do PBB:
Os Planos de Contribuição Definida das patrocinadoras ficaram no campo positivo, sendo: Eletronuclear 0,82%; INB e Nuclep 0,83% cada. Todos ante uma meta de rentabilidade positiva de 1,10%.
Os planos apresentaram os seguintes desempenhos, já descontado todo o custeio administrativo: