O mês de novembro foi marcado por dois eventos que se sucederam nos seus últimos dias. O aparecimento da variante Ômicron da Covid-19 e a mudança de postura do Federal Reserve Board – FED (Banco Central dos Estados Unidos), na direção do reconhecimento de risco mais elevado de persistência inflacionária, abrindo a possibilidade de vir a praticar uma política monetária mais austera, em outras palavras, de taxas mais altas de juros do que anteriormente previsto.
Esses fatores trouxeram novas incertezas ao mercado financeiro, porém, no Brasil, como os ativos financeiros já vinham sofrendo há algum tempo, incorreram em perdas mais moderadas no mês.
Diante desse cenário, a carteira de investimentos do Instituto encerrou o mês de novembro com uma rentabilidade de 0,84% frente à meta atuarial de 1,27%.
O Plano Básico de Benefícios – PBB apresentou déficit no mês de R$ 31,3 milhões. Este resultado foi impactado pela baixa recuperação dos ativos em novembro, com rentabilidade inferior à meta atuarial, decorrente, além do exposto acima, pela alta persistente da inflação e a crise fiscal, elevando o déficit acumulado para R$ 750,2 milhões, equivalente a 16,12% das provisões matemáticas. O quadro a seguir apresenta a situação atuarial e financeira do plano:
Ressaltamos que o Nucleos vem adotando medidas para minimizar os efeitos desse cenário desafiador que impactam os investimentos, entre as quais destacamos:
a) reestruturação dos investimentos no segmento de renda variável com alteração dos mandatos, visando contemplar estratégias de proteção (Hedge);
b) avaliação de oportunidade de investimento no exterior nos segmentos de renda variável, renda fixa e multimercados;
c) análise de estruturas para investimento em crédito privado; e
d) adoção de ações para aumentar a carteira de empréstimos que beneficiará tanto o participante, com juros mais baixos que o de mercado, quanto o retorno do investimento para o Nucleos.
Reiteramos que o déficit apurado é conjuntural e continuamos privilegiando a segurança e a liquidez dos investimentos, mantendo a nossa expectativa de que o atual episódio inflacionário será controlado, e que a economia voltará aos níveis pré-pandemia, fazendo com que o resultado do Nucleos volte a ser positivo com o retorno à normalidade dos mercados.